A válvula borboleta é o tipo de válvula mais comum quando se trata de movimento rotativo e, também é utilizada para o bloqueio e a regulagem de vazão.
Por ter uma construção mais compacta, o seu custo é menor se comparado a outras peças que possuem a mesma finalidade. São compostas por um corpo monobloco, disco central transpassado por haste ou com a haste acoplada ao disco que vai até a manopla ou atuador para diâmetros maiores.
Quando a haste da válvula é acoplada ao disco, o disco é mais fino, fazendo com que o coeficiente de vazão seja maior. Como o disco fica sempre no meio desse processo, deve ser considerado no cálculo, o nível de restrição da passagem. A válvula borboleta tem utilização em vários segmentos industriais, como alimentação, papel, mineração, energia, entre outros.
A válvula borboleta tem um tamanho que varia de 1,5 a 200 polegadas e pode ser feita dos seguintes materiais: ferro fundido, termopolímeros, cerâmicos entre muitos outros. Há vários tipos de conexão da válvula borboleta, entre eles:
Conexão tipo wafer
Encaixa a válvula borboleta entre as tubulações como se fosse um sanduíche;
Conexão tipo LUG
Utiliza longos parafusos para fixar tubulações e válvula para realizar a montagem robusta;
Conexão tipo flange
Para essa conexão, o corpo da válvula borboleta precisa ser longo o suficiente para que os parafusos dos flanges tenham espaço suficiente.
A mais comum de todas é a válvula cocentrica, ou seja, é a válvula na qual todo o alinhamento do eixo ocorre com o disco, localizando-se exatamente na linha do centro da tubulação. Como o centro do eixo comprime a sede para vedar, a vida útil da válvula acaba sendo bastante comprometida, assim como a sua engenharia, por suportar pressões de até 10bar.
O desempenho da válvula variar de acordo com como o centro do disco se desloca em relação ao centro da tubulação e do eixo da válvula. Chamamos esse deslocamento de excentricidade e são encontradas no mercado.
A válvula borboleta monoexcêntrica é aquela em que o atrito entre o disco e a sede resiliente é mitigado, e ocorre em 40% da movimentação. Na biexcêntrica, o atrito ocorre em apenas 15% da movimentação. E na válvula borboleta triexcêntrica, que é a mais avançada tecnologicamente, o atrito só ocorre quando há o fechamento total da válvula.
O uso mais comum da válvula borboleta é em componentes como o carburador dos automóveis ou máquinas industriais. Em aplicações em que o vapor, líquido e gás deve ser controlado, é necessária a utilização da válvula borboleta. Elas podem ser fabricadas com vários atributos, como as resilientes, com baixa ou alta pressão, de plástico e aço inox e sendo manual ou automática.
Suas vantagens envolvem, além do seu custo, a sua vida útil que é longa e elas são bastante confiáveis. A sua maioria é leve e compacta e são capazes de suportar temperaturas altas, resistindo ao desgaste causado com o tempo. A sua desvantagem é a impossibilidade de eliminar completamente todas as substâncias residuais devido ao seu formato. Outra desvantagem é que se não forem feitas com aço, não são capazes de resistir a materiais corrosivos.